
Acho provável hoje o meu entendimento sobre aquela frase: "Seja VOCÊ senhor de si mesmo".
Quantas e quantas vezes,nós, não nos referimos à grande população como sendo massificada, igualitária e por que não robotizada, como sendo um produto gerado pelo Sistema? Creio que não seja apenas eu que pense dessa forma; no meio literário inúmeros autores citam essa “unificação do ser”, o mesmo acontece no meio musical.Quem não lembra do clássico “The Robot” do Kraftwerk ou ainda, o Pink Floyd com seu “We don't need no education/ We dont need no thought control (...)”. É, não sou a única a ter esse pensamento-menos mal-.
É fato que a sociedade de forma geral quer nos moldar e pretende nos deixar o mais massificados possíveis.
Vocês, provavelmente devem estar se falando “mas eu não sou assim.EU sou contra o que ela dita, eu sou isso, eu sou aquilo, minhas atitudes são outras...”. Tanta justificação...tanta justificação para a auto-afirmação.
Sempre querendo acreditar em algo,sempre querendo fazer parte de algo.Podendo ser esse “algo” a favor ou contrário mas sempre querendo se integrar às pessoas de pensamentos iguais, de atitudes iguais... provavelmente daí que surgem os grupos, as tribos ou seja lá como querem chamar. O que na verdade nada mais é do que um aglomerado de gente com atitudes e pensamentos iguais. Isso já não seria uma massificação – talvez em menor número mas ainda massificado-?
Saindo do meio de tanta gente e pensando só, tentando me ver como ser único... quantas e quantas vezes NÓS mesmos não ditamos nossa própria ordem? Nós mesmos nos falamos assim “Não faça assim!”, “Faça dessa forma!”, “Não faça aquilo!”.
Quantas e quantas vezes não falamos isso? E mais, quantas e quantas vezes não nos sentimos mal por ter feito de outra maneira? (Que por sinal é ainda o nosso “eu” mas um “eu diferente”. O tal do ‘médico e o monstro’, sabem?).
Não estaríamos dessa forma sempre nos impondo algo? Sempre querendo ser o que julgamos certo?( considerando o fato que esse certo é algo relativo, dependente do momento). Dessa maneira sempre desejando o que almejamos e para isso talvez seja necessário nos privar, reprimir...É, pois é.
Seríamos então NÓS o que tanto desprezamos no outro? Sermos robôs, senão do Sistema mas de nós mesmos?